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Texto do episódio
20102
Ecce rex tuus venit tibi mansuetus sedens super asinam, et pullum filium subiugalis — Eis que teu rei vem a ti cheio de mansidão, montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho da que tem jugo (Mt 21, 5). 

Aproximando-se o tempo de sua Paixão, nosso Redentor parte de Betânia para entrar em Jerusalém. 

Consideremos aqui a humildade de Jesus Cristo em querer entrar naquela cidade sentado sobre um jumento, sendo ele o rei do céu.

Ó Jerusalém, eis o teu rei, como ele vem humilde e manso. Não temas que ele venha para reinar sobre ti e apossar-se de tuas riquezas; não, ele vem todo cheio de amor e piedade para salvar-te e trazer-te a vida com sua morte. 

Enquanto isso, vem ao seu encontro aquele povo, que já o venerava por causa de seus milagres e especialmente pelo último acontecimento da ressurreição de Lázaro. Uns estendendo suas vestes sobre o caminho em que devia passar, outros espalhando folhagens de árvores para honrá-lo. Quem então poderia dizer que aquele Senhor, recebido com tantas honras, dentro de poucos dias teria de aparecer aí mesmo como réu, condenado à morte, com uma cruz às costas?

— Meu amado Jesus, quisestes realizar esta entrada tão solene: pois quanto maior a honra recebida, tanto maior seria a humilhação de vossa Paixão e Morte. Os louvores, que agora vos dá esta ingrata cidade, em poucos dias serão transformados em injúrias e maldições. Agora vos dizem: “Glória a vós, Filho de Davi, sede para sempre bendito, já que viestes para o nosso bem, em nome do Senhor” (Mt 21, 9). E depois levantarão a voz, dizendo: “Fora, fora, crucifica-o. Pilatos, retira de nossa presença este facínora. Rápido, crucifica-o, para que não mais o vejamos”.

Agora, eles se despojam de suas próprias vestes; mas depois, vos despojarão das vossas, para vos flagelar e crucificar. Agora, eles cortam as palmas para as colocar debaixo dos vossos pés; mas depois, cortarão ramos de espinhos para perfurarem a vossa cabeça. Agora, vos bendizem e louvam; mas depois, vos encherão de humilhações e blasfêmias.

Ao menos tu, minha alma, dize-lhe com amor e gratidão: Bendito o que vem em nome do Senhor. Meu amado Redentor, sede sempre bendito, já que viestes salvar-me: se não tivésseis vindo, estaríamos todos perdidos.

Et… ut appropinquavit, videns civitatem, flevit super illam — E tendo-se aproximado e vendo a cidade, chorou sobre ela (Lc 19, 14). 

Jesus, ao se aproximar daquela cidade infeliz, a contemplou e chorou, pensando na sua ingratidão e ruína. 

— Ah, meu Senhor, vós, chorando então sobre a ingratidão de Jerusalém, choráveis também sobre a minha ingratidão e a ruína de minha alma. Meu amado Redentor, vós chorais vendo o dano que eu mesmo me causei, expulsando-vos de minha alma e obrigando-vos a condenar-me ao inferno depois de haverdes morrido para me salvar. Oh! deixai que eu chore, pois é a mim que compete o chorar ao considerar o mal que vos causei, ofendendo-vos e separando-me de vós, que tanto me amastes.

— Eterno Pai, por aquelas lágrimas que vosso Filho derramou sobre mim, dai-me a dor de meus pecados. E vós, ó amoroso e terno Coração de meu Jesus, tende piedade de mim, pois eu detesto acima de todos os males os desgostos que vos dei e estou resolvido a nada mais amar além de vós.

Jesus Cristo, tendo entrado em Jerusalém e se ocupado o dia inteiro com a pregação e cura dos enfermos, pela tarde não encontrou ninguém que o convidasse a repousar em sua casa; viu-se, por isso, obrigado a voltar novamente a Betânia.

— Meu amado Senhor, se os outros vos expulsam, eu não quero expulsar-vos. Houve, é verdade, um tempo desgraçado em que eu vos expulsei de minha alma: agora, porém, estimo mais estar unido a vós do que possuir todos os reinos do mundo. Ah, meu Deus, o que poderá jamais separar-me do vosso amor?

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